RAI FBSS
2022

PLANO SALDADO
Aqui você vai ficar por dentro do resultado dos investimentos do Plano Saldado e de diversos outros detalhes sobre o seu desempenho em 2022. Além disso, poderá ler uma análise do cenário econômico global e as perspectivas para 2023!


CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS À GESTÃO DOS INVESTIMENTOS
A partir da segunda metade de 2022, com a suavização das medidas sanitárias adotadas na maioria dos países, a ideia de “pós-pandemia” ganhou força. O foco nesse sentido foi a China, que demorou até os últimos meses do ano para afrouxar a política Covid zero e iniciar uma reabertura mais ampla de seu mercado em meio a preocupações com uma possível crise imobiliária. A demanda chinesa reprimida e os efeitos do período de isolamento autoimposto causaram impacto não só no crescimento econômico do país, mas contribuíram para o aumento da inflação no mundo todo.
Outro evento de dimensão mundial em 2022 foi o conflito entre Rússia e Ucrânia, que eclodiu em fevereiro com a invasão russa à fronteira ucraniana. A guerra persistiu o ano todo e colocou de um lado a Ucrânia, apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e de outro a Rússia, recebendo suporte da China. O desabastecimento dos alimentos provenientes da Ucrânia tomou proporções mundiais e a interrupção do fornecimento de gás natural por parte da Rússia alterou a cadeia energética europeia. O primeiro evento teve como consequência a elevação dos preços das commodities e o segundo pressionou a inflação na Europa. Somente em novembro a Alemanha anunciou a construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) para amenizar a dependência russa. Um inverno mais ameno do que o esperado auxiliou para que os efeitos do corte de gás russo fossem menos intensos do que as perspectivas. As sanções impostas pelos países da OTAN à Rússia e os recursos investidos na guerra surtiram efeitos significativos na economia do país, incluindo crescimento negativo a alta inflação.


Por essas razões, entre outras, 2022 foi um ano de alta volatilidade dos mercados nacionais e internacionais. Na seara política, as tensões não se limitaram àquelas características de conflitos armados, todavia seguiram a mesma lógica: polarização. Tal fenômeno foi fortalecido por um cenário desafiador pós-pandêmico de estagflação. A elevação generalizada das taxas básicas de juros gerou incertezas quanto ao tempo, velocidade e limite do aperto monetário. A expectativa no começo do ano era bem mais otimista do que de fato se concretizou. A demora da desaceleração do mercado de trabalho e a inflação persistente aumentaram os rumores de uma possível recessão. Nos Estados Unidos, o aumento das taxas de juros em julho resultou no maior patamar em mais de 40 anos; já na Zona do Euro, foi o primeiro aumento em 11 anos. Entre os marcos históricos da economia mundial de 2022 também está a intervenção do governo japonês no câmbio. A sequência de políticas monetárias cada vez mais restritivas não cessou e até o fim do ano bancos centrais do mundo todo continuavam o aperto, apesar da diminuição no ritmo.
O Brasil não passou ileso pelas movimentações econômicas, políticas e militares internacionais. Com a continuidade da desoneração dos impostos, a retomada da modalidade de trabalho presencial e a dificuldade no abastecimento de matérias-primas, houve pressão nos índices inflacionários. No acumulado de 2022 o IGPM chegou a 5,46%, enquanto o IPCA atingiu 5,79% e o INPC 5,93%. Diante desses números, a meta da inflação de cerca de 3% foi questionada. Em ano de eleição, a polarização política entre o até então presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intensificada diante da cena macroeconômica e a forma como ela afetou a cadeia produtiva. Por fim, Lula venceu as eleições e ser tornou Presidente da República em meio a discussões sobre a manutenção de benefícios sociais e a urgência de um arcabouço fiscal mais efetivo que o teto de gastos.
As incertezas ao longo de 2022 refletiram no aumento constante da Taxa Selic, que alcançou 9,25% em janeiro e terminou o ano em 13,75%. A consequência de uma taxa de juros básica tão alta é a diminuição da atratividade de outros ativos de risco, fato que foi percebido, por exemplo, na variação moderada do principal índice da bolsa brasileira (B3), o Ibovespa, que valorizou 4,69% em 2022. Já o CDI, referencial para renda fixa pós-fixada apresentou retorno de 12,39%. O IMA-Geral, índice que reflete o comportamento dos títulos públicos no mercado teve um retorno de 9,66%. Os subíndices IRF-M, formado por títulos pré-fixados; IRF-M1, constituído por títulos pré-fixados com prazo de até um ano; e IRF-M1+, composto por títulos pré-fixados com prazo acima de um ano, valorizaram, respectivamente, 8,82%, 12,02% e 7,41%. Apesar de em terreno positivo, o IFIX, referência no desempenho dos Fundos Imobiliários negociados na B3, obteve um retorno de apenas 2,22%.
Diante das variações e volatilidades aceitáveis, apresentamos a seguir os resultados do Plano Saldado:
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A rentabilidade do Plano de Benefícios Saldado no ano foi de 12,01%, superando o parâmetro de desempenho (taxa mínima atuarial) de 11,34%, no mesmo período. O segmento de renda fixa obteve retorno de 14,33%; o segmento de renda variável, de 2,95%; o segmento de Investimentos Estruturados valorizou 11,17%; o segmento de Investimentos no Exterior apresentou retorno de -26,08%; o segmento Imobiliário 15,41% e o segmento de Operações com Participantes correspondeu a 16,79%.

Rentabilidade Plano Saldado em 2022:
12,01%
As expectativas para 2023 são incertas, dada a necessidade dos países desenvolvidos, com destaque para os Estados Unidos, em continuar o ciclo de elevação da taxa de juros de forma a conter a inflação. Condições financeiras apertadas devem levar alguns países do G7 a uma recessão em 2023 e a retomada mais lenta da China. No Brasil, a elevação do risco fiscal permanece no radar dos investidores.
2023 pede calma.
Poderá ser um ano de possíveis melhoras, mas que acontecerão progressivamente e em marcha lenta.

CONSIDERAÇÕES SOBRE
A GESTÃO PREVIDENCIAL
O ano de 2022 permaneceu sendo desafiador em termos de resultados dos Planos de Benefícios.
Os resultados apurados nas Avaliações Atuariais de 2022, na sua maioria, ainda refletem os desequilíbrios apurados em 2020 e 2021, oriundos, principalmente, do agravamento de premissas atuariais e da situação de instabilidade instaurada na economia a partir do advento da pandemia de COVID-19.
Apesar disso, verificou-se sensível melhora em relação aos anos anteriores, como se verá a seguir na análise do plano.
O PB Saldado é um Plano de Benefícios estruturado na modalidade de Benefício Definido – BD, no qual as Provisões Matemáticas (compromissos do Plano) são definidas atuarialmente por meio de Avaliações Atuariais anuais, nas quais é apurado o resultado do Plano e estabelecido o Plano de Custeio para o exercício seguinte.
A adequação das hipóteses utilizadas na Avaliação Atuarial de 2022 foi atestada por Estudos Técnicos elaborados pelo Atuário do Plano, os quais apontaram para a manutenção das premissas utilizadas na Avaliação Atuarial de 2021, à exceção da Taxa de Juros, que foi alterada de 5,11% para 5,69%, gerando ganho atuarial (redução nas Provisões Matemáticas) no montante de R$ R$ 87.622.746,00.
No ano de 2022, o PB Saldado registrou Equilíbrio Técnico Negativo - Deficit Técnico Acumulado no montante de R$ 154.353.018,34 e Deficit Equacionado no valor de R$ 158.580.697,86, sendo R$ 73.828.377,12 registrados Operações Contratadas (de responsabilidade dos Patrocinadores) e R$ 84.752.320,74 em Provisões Matemáticas a Constituir - Equacionamento de Deficit a Integralizar (R$ 5.461.971,81 de responsabilidade dos Patrocinadores, R$ 5.461.971,81 de responsabilidade dos Participantes e R$ 73.828.377,12 de responsabilidade dos Assistidos).
A situação deficitária do Plano foi mantida, porém, em patamar inferior àquele apurado no exercício anterior, em função da redução da Provisões Matemáticas em relação a dezembro de 2021 e da rentabilidade ter sido favorável no período.
No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2022, a Meta Atuarial do PB Saldado foi de 11,34% (INPC de 5,93% + Taxa de Juros de 5,11%), enquanto que a rentabilidade do período foi de 11,70%, representando um ganho atuarial de 0,32%.
O Deficit Técnico Acumulado em 31/12/2022 – R$ 154.353.018,34 - foi apurado a partir do Deficit Técnico Acumulado contabilizado no encerramento do exercício de 2021 (R$ 183.582.535,90) e originado, principalmente, pela evolução da massa de participantes e rentabilidade histórica do Plano.
O valor mínimo a ser equacionado, em 31/12/2022, é de R$ 14.198.357,81, observado o mínimo de 1% das Provisões Matemáticas e considerando o Equilíbrio Técnico Ajustado negativo de R$ 94.307.378,34 (apurado mediante dedução do Ajuste de Precificação positivo de R$ 60.045.640,00) e o Limite de Deficit de R$ 89.875.604,92 .
A instituição da cobrança de contribuições extraordinárias para amortização desse valor somente terá início após aprovação do respectivo Plano de Equacionamento pelo Conselho Deliberativo da FBSS (até o final do exercício de 2023) e pelos órgãos de supervisão, coordenação e controle dos patrocinadores sujeitos à disciplina da Lei Complementar nº 108/2001 e assinatura dos Contratos de Garantia referentes à parcela de descobertura da Reserva Matemática de Benefícios Concedidos de responsabilidade dos patrocinadores.
A duração do passivo apurada na Avaliação Atuarial de 2022 foi de 10,33 anos e o prazo remanescente de amortização do Deficit já equacionado é de 12 anos e 11 meses, contados a partir de 31/12/2022.
As contribuições extraordinárias que vêm sendo pagas pelas patrocinadoras, participantes e assistidos não contemplam a parcela do déficit de 2021 que foi incorporada ao Deficit Equacionado, tendo em vista que o respectivo aumento dessas contribuições ainda está em trâmite junto órgãos competentes, dependendo, também, da assinatura dos instrumentos contratuais de garantia pelas patrocinadoras. Previamente ao início da cobrança dessas contribuições, será emitido comunicado aos participantes e assistidos do PB Saldado informando os novos percentuais e esclarecendo as causas que deram origem ao déficit.
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Plano Saldado encerrou o exercício 2022
com 2925 participantes
Saiba mais a seguir!
Total
2925
Participantes
Adiante você confere outros detalhes sobre a Distribuição de Participantes por categorias, despesas com a Folha de Benefícios Previdenciários, Despesas com a folha de benefícios previdenciários e Receitas Previdenciárias do Plano Saldado.
Distribuição dos participantes
Ativos e Assistidos
Confira nos gráficos a seguir a composição de cada grupo:
PARTICIPANTES ATIVOS
Subtotal
420
Observação: estão incluídos os participantes autopatrocinados.
Subtotal
10
BPD - AGUARDANDO BENEFÍCIO*
*Benefício Proporcional Diferido
Subtotal
2.495
PARTICIPANTES ASSISTIDOS
Observação: estão incluídos os participantes em gozo de auxílio doença e instituidores de pensão.
Há 942 participantes ativos e assistidos inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Fonte: Gerência de Previdência
Despesas com a folha de
Benefícios Previdenciários
Confira nos gráficos a seguir:
Total
111.369.794,21
Fonte: Gerência de Previdência
Receitas
Previdenciárias
Confira nos gráficos a seguir a distribuição dos tipos de contribuição:
Total
3.358.054,79
PATROCINADORES
PARTICIPANTES ATIVOS
Total
278.567,35
Total
3.083.363,99
PARTICIPANTES ASSISTIDOS
Total
3.936,77
AUTOPATROCINADOS
Fonte: Gerência de Previdência
Adesão aos
Planos de benefícios
Considera participantes ativos, assistidos e pensionistas:
Total
18.593
TOTAL DE EMPREGADOS INSCRITOS NOS PLANOS
Nos 356 participantes com inscrição cancelada, estão incluídos 48* participantes que possuem mais de 3 anos de vínculo ao plano. Estes participantes, para fins de avaliação atuarial, foram incluídos como participantes em BPD.
*Os participantes com inscrição cancelada estão distribuídos nos planos: PBI: 43 participantes e CV1: 5 participantes.
Existem 942 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Total: 17.973
BANRISUL
Existem 926 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Total: 197
BADESUL
Existem 6 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Total: 66
PAGAMENTOS
Total: 142
FUNDAÇÃO
Existem 2 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Existem 4 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Total: 215
CABERGS
Existem 4 participantes que estão inscritos simultaneamente nos planos de benefícios Saldado e FBPREV II.
Fonte: Gerência de Previdência
Siglas correspondentes:
PBS - Plano de Benefícios Saldado
PBI - Plano de Benefícios I
CV1 - Plano de Benefícios FBPREV
CV2 - Plano de Benefícios FBPREV II
CV3 - Plano de Benefícios FBPREV III




